Regularmente somos contactados por novos clientes que precisam com urgência reformular sua gestão. Isso acontece porque, uma forma de pensar estagnante, provocou uma série de estragos na empresa, seja a imobilização em relação ao crescimento ou o impedimento de suas inscrições estaduais.
Normalmente estes comerciantes criaram ou utilizaram estratégias repassadas por outros comerciantes sem nenhum embasamento legal. Não emitindo todas as notas de vendas ou utilizando sistemas que permitiam a venda sem nota, com o chamado cupom não fiscal. Esses sistemas, criam a ilusão para o lojista, que ele está resguardado, mas isso é realmente apenas uma ilusão
O lojista entende que a receita vai validar apenas suas vendas em cartão, e mesmo assim, desde a entrada no ar do Fisco Fácil, muitos desses lojistas foram apresentados à realidade, tendo que realizar parcelamentos de pagamentos pendentes.
Amigos lojistas. A matemática é simples:
1 – Você só pode deixar de emitir a nota de venda se perctencer ao Regime MEI e vender para pessoa física.
2 – Se você realizou uma venda em cartão e não tirou a nota devida, isso aparecerá no confronto que a Secretaria de Fazenda fará com o arquivo enviado pela sua administradora de cartões.
3 – Se você realizou uma venda em dinheiro ou outro meio de pagamento e não tirou a nota devida, de um produto comprado regularmente com nota fiscal. Isso aparecerá no confronto que a Secretaria de Fazenda fará com a nota de entrada do seu fornecedor. Se você recebeu de seu fornecedor 10 unidades de um determinado item, a Secretaria de Fazenda aguardará a saída de 10 unidades desse item em vendas com nota fiscal de saída. Isto fica claro no seu controle de estoque.
4 – Se você realizou uma venda em qualquer meio de pagamento, e emitiu a nota fiscal de saída, de um produto adquirido irregularmente sem nota fiscal. Você pode até ser investigado por receptação. Na prática, se você não comprou esse produto com uma nota fiscal do seu fornecedor endereçada a sua empresa, você não possui o produto para vender.
5 – Se você realizou uma venda em cartão, em uma maquininha registrada no seu CPF e não no CNPJ da empresa, para um produto comprado regularmente com nota fiscal, se tirou a nota devida, recai no exemplo 3, Se não tirou, recai no exemplo 4 e ainda pode ser denunciado pelo seu cliente.
Só em 2019, a Secretaria de Fazenda havia realizado mais de 50 operações. Antes se dizia que a operação foi deflagrada em busca de fraudes, mas hoje, a Secretaria de Fazenda já está ciente dessas fraudes. As operações são apenas para realizar as autuações.
Diante da pressão econômica e da oportunidade percebida, o lojista sempre pensa no montante final a pagar de impostos e não em como pagar o imposto de cada venda. É necessário entender que quem paga o imposto não é você lojista, e sim o seu cliente.
Vamos considerar que sua empresa é do regime Simples Nacional e que seu percentual de contribuição para o ICMS seria de 4,5% sobre seu faturamento. Se você ajustasse para ter condições de pagar seus impostos corretamente. Seus preços se comportam então assim:
- Se seu produto custa 1 real, serão acrescidos 0,09 de centavo ao preço;
- Se seu produto custa 10 reais, serão acrescidos 45 centavos ao preço;
- Se seu produto custa 100 reais, serão acrescidos 4,5 reais ao preço.
Atente para o fato de que dependendo da margem de lucro estabelecidas, estes valores, podem bem estar inclusos e não necessariamente serem acrescidos.
A partir destes preços, entra a mentalidade do comerciante em criar valor para seu negócio, de forma que o cliente pague pelo sentimento de valor e não pela comparação de preço.
Você acha que um cliente deixaria de comprar em sua loja, onde está habituado, é bem atendido e se sente bem, para comprar em outra loja por uma diferença de 50 centavos? Se acha que sim, precisa rever urgentemente sua estratégia de vendas. Sua resposta demonstra que possui baixíssima confiança em seu poder de venda.
Aquele que é direcionado a venda por concorrência de preço, dificilmente verá sua empresa crescer de forma satisfatória. Se o tempo perdido com o excesso de gestão para compensar os esquemas para driblar o governo fosse direcionado a criar estratégias de venda, em muito a diferença no faturamento seria notada.
Resumindo. Caixa 2 não vale a pena.
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Até a próxima e sucesso.